O Cultivo da Linhaça hoje no Brasil

    Nos tempos atuais, quando o foco é a produção de sementes de elevado interesse no uso alimentar e terapêutico para os seres vivos, existe uma busca por variedades de linhaça cujas plantas tenham galhos menores e mais sementes do que as demais variedades cultivadas para obtenção prioritária das fibras de linho. Existe, também uma procura pelas variedades que sejam mais ricas em ácidos graxos essenciais (ômega-3) e lignanas (fitoestrógenos), que são os principais responsáveis por suas propriedades nutracêuticas.

    O plantio da linhaça ocorre nos meses de outono (abril a junho) e a colheita se dá nos meses da primavera e verão (novembro a dezembro). No Brasil, devido a adaptação ao clima, ao solo e às técnicas de manuseio, a cultura convencional da linhaça marrom consome baixa carga de insumos agrícolas (até 150 kg/hectare) em relação às culturas do trigo (aprox. 800 kg/hectare) e da soja (aprox. 300 kg/hectare).

    Os países com grande produção de linhaça, diferem as variedades para uso na produção da fibra do linho das variedades para consumo humano. Já no Brasil, em função da produção reduzida, tal separação não é possível. De qualquer maneira, todas as variedades que se destinam ao consumo humano e a produção de rações animais foram desenvolvidas com métodos tradicionais de cultivo, não fazendo uso de sementes ou variedades geneticamente modificadas.

    Até o ano de 2005, existia no Brasil somente o plantio da variedade de cor marrom-avermelhada, entretanto, no final de 2006 ocorrerá a primeira colheita, de 100 toneladas, da variedade dourada (de cor marrom-claro dourado), que até então era importada do Canadá. Por meio deste breve texto, podemos entender um pouco mais sobre a forma que esta importante oleaginosa é cultivada e produzida em nosso país, visto que seu consumo traz importantes benefícios a saúde.